quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Summer University of Ontopsychology 2010 - Ontologia e Sociedade


A Summer University of Ontopsychology 2010 ocorreu entre os dias 13 e 23 de agosto, no Valle di Assis Resort, localizado em Santa Maria degli Angeli, Perúgia, Itália. O evento, realizado na sua XXIII edição, foi promovido pela Associação Internacional de Ontopsicologia (AIO) e pela Associação Europeia de Ontopsicologia (AEO), em colaboração com a Associação Eslava de Ontopsicologia (ASO) e com a Associação Brasileira de Ontopsicologia (ABO).

O tema deste ano, “Ontologia e Sociedade”, foi apresentado a um público internacional de centenas de professores e estudantes universitários, empresários, profissionais liberais, médicos, teólogos, sociólogos e filósofos, provenientes da Itália, China, Rússia, Brasil, Alemanha e Ucrânia. O evento recebeu a saudação do Presidente da República Italiana e teve o patrocínio do Senado Italiano, do Ministério dos Bens Culturais, da Universidade La Sapienza de Roma, da Universidade de Perúgia, da Universidade Estatal de São Petersburgo (Rússia) e da Antonio Meneghetti Faculdade (Brasil).

Ontologia e Sociedade: a pesquisa do ponto no qual a física nuclear e a filosofia ontológica se cruzam em interrogativas convergentes. A origem da matéria antes da matéria, os modos de transmissão da energia a começar pela forma que se revela no ato de comunicar e que vulgarmente é chamada de “informação”. Um ponto que – de Aristóteles a Heisenberg, passando pelo matemático vencedor do prêmio Nobel Schrodinger – foi repetidamente suposto, “intuído”, mas que sempre fugiu à demonstrabilidade. Um ponto que, em vez disso, representa há mais de 30 anos – com o nome de “campo semântico” – uma das três descobertas da Ontopsicologia.

 Fonte: Associação Brasileira de Ontopsicologia.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

ONTOPSICOLOGICA EDITRICE NA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO EM SÃO PAULO



A Ontopsicologia Editrice participará do segundo maior evento do mercado editorial do mundo, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Ponto de encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do Brasil, esta grande feira cultural realizará a sua 21ª edição entre os dias 12 e 22 de agosto de 2010, das 10 às 22h, no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo.

O estande da Ontopsicologica Editrice estará localizado no corredor H, número 52 e contará com novidades e descontos especiais para os visitantes da feira.

Para mais informações sobre o evento, acessar o site da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Informações do site da Associação Brasileira de Ontopsicologia.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ontopsicologia e a exatidão do pesquisador para o exercício científico

O termo ciência não é mais entendido em sua acepção profunda – do latim scio ens, que significa saber o ser, saber junto com a ação – mas, como um saber inferido através da análise da causalidade externa, da relação entre objetos.

Somente no século XX foi denunciada pela primeira vez a crise das ciências europeias, graças à intervenção do filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938), que em algumas conferências realizadas em Viena e em Praga em 1935, realçou como o excessivo “intelectualismo” das ciências modernas, que se tornaram cada vez mais especializadas graças à influência do Positivismo, tinha desviado a atenção sobre todos os apelos fundamentais para a humanidade (por exemplo, o sentido ou o não-sentido da existência), e como as ciências estavam sendo fundadas sobre um critério não objetivo, mas convencional.

Para enfrentar tal problema, Husserl declarava que era indispensável refundar a ciência, para dar espaço a uma psicologia capaz de entrar no mundo-da-vida – entendido como reino de evidências originárias – capaz de encontrar o critério de exatidão, de verdade, de realidade, indo além de todas as opiniões e tradições, e assim entrar diretamente no fazer-se das coisas segundo as leis do universo. Para chegar a isso, é indispensável fazer epoché, ou seja, “suspensão do juízo”: liberar-se dos pressupostos das crenças comuns e das ciências, assim como dos conteúdos doutrinais das filosofias, para alcançar a unidade de consciência (subjetividade pura), na dimensão da experiência evidente.

A ciência ontopsicológica nasce como a sistematização desses elementos, dando, porém a base concreta para iniciar a fundar ciência exata.

Em resumo, a Ontopsicologia é o modo no qual a lógica do homem pode colher o ser, o real entendido no sentido de um físico, de um matemático, de um filósofo ontológico, uma vez que descobriu as três realidades principais para compreender a existência humana, e sobre as quais funda toda a própria teoria e práxis:

1. Em Si ôntico: projeto base de natureza que constitui o ser humano;
2. Campo semântico: comunicação base que a vida utiliza ao interno das próprias individuações;
3. Monitor de deflexão: grelha-filtro que interfere na exatidão dos processos cognitivos e voluntarísticos do ser humano.

Para mais informações sobre a metodologia ontopsicológica, consultar a obra de Antonio Meneghetti, Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Editrice, 2004.

sábado, 12 de junho de 2010

Principais eventos promovidos pela Escola Ontopsicológica no Brasil

Veja abaixo um vídeo com a síntese dos principais eventos do Acadêmico Professor Antonio Meneghetti e da Escola Ontopsicológica no Brasil e no exterior. O vídeo retrata congressos, seminários, participações em eventos culturais e políticos nacionais e internacionais.

Pelos benefícios e conhecimento de alta relevância que trouxe ao país, Antonio Meneghetti recebeu o título de Cidadão Honorário Brasileiro. Concedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Governo Federal do Brasil, esta honraria é entregue somente àqueles grandes homens que, com sua inteligência e ação, contribuem de modo significativo para o desenvolvimento do país.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ontopsicologia na Feira do Livro em Roma


A Psicologia Editrice participará da II Feira “Roma si Libra”, festa dos editores e livreiros romanos, que será realizada de 22 a 30 de maio, na Casa do Cinema, jardim da Vila Borghese, na capital italiana.

A feira é uma iniciativa da Federlazio e da Associação de Livreiros de Roma, tem o patrocínio da Unesco e do Centro para o Livro e para Leitura, do Ministério Italiano para os Bens e Atividades Culturais.

A programação do evento inclui encontros com editores, escritores, jornalistas e expoentes de instituições públicas, da cultura e do espetáculo. A Psicologica Editrice, editora responsável pela publicação na Europa dos livros da ciência ontopsicológica, estará no estande número 15.

O catálogo do evento traz as seguintes informações sobre a editora: "A Psicologica Editrice foi criada em 1975 para publicar os resultados e aplicações de novos critérios e métodos da psicoterapia individual e social. Os mais de 40 títulos e a revista Nuova Ontopsicologia são a exposição de contínuas aplicações desta nova ciência. Todas as operas são um seminário vivente para selecionar sementes para a própria cultura ou consciência individual".

Informações sobre o evento no site Roma Si Libra.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Em que se diferencia a Ontopsicologia?

Nos últimos anos, a Ontopsicologia tem recebido o interesse de acadêmicos, profissionais e operadores sociais de todo o mundo. Seu fundador, o Acad. Prof. Antonio Meneghetti, tem sido convidado para expor sua novidade de pensamento nos maiores centros acadêmicos, culturais, políticos e sociais do planeta, como a ONU, a UNESCO, a Universidade Estatal de São Petersburgo e congressos e conferências internacionais de diferentes áreas (da economia à pedagogia, da psicossomática à filosofia, da psicologia à arte, do cinema à ética).

Mas em que se diferencia a Ontopsicologia das demais escolas?

“1. Utiliza como critério epistemológico de autenticação e de evolução o Em Si ôntico do sujeito.

2. Considera, além de todos os meios já revelados pelas outras escolas, o conhecimento operativo do campo semântico (uma linguagem-base da vida). Ele é o primeiro mediador das interações inconscientes, psicossomáticas e psicossociais. É um transdutor informático sem deslocamento de massa energética: transferência de informação que informatiza.

3. Individua como raiz única de múltiplas alterações o monitor de deflexão: um programa fixo que age com interferência especular antecipando e defletindo a reflexão do Eu. É uma operação memética que não consente a leitura direta entre a interação do sujeito com o real circundante e a intencionalidade do Em Si ôntico.

4. Isolou e individuou a cifremática-base da imagem que é alfabeto da energia. A imagem é o traçado de um formal (dinâmica) que sucessivamente se estrutura de modo psicossomático e psicossocial.

5. Na sua aplicação psicoterapêutica, qualifica a própria operatividade na efetiva resolução do sintoma.

6. Depois da fase de cura, atua a psicoterapia de autenticação para o desenvolvimento de liderança.

7. Compreende vários tipos de metodologias de intervenção operativa entre as quais: a psicoterapia individual e de grupo, a imagogia, a cinelogia, o residence, a melolística, a hidromúsica, a psicotea e o Isomaster.

8. Estrutura-se como psicologia epistêmica e como base interdisciplinar às ciências, por isso pode ser aplicada em todos os campos científicos e existenciais, e em particular: filosofia, arte, sociologia, política, empreendimentos, economia e etc.

9. A Ontopsicologia privilegia a psicologia da autorrealização entendida como responsabilização, formalizando a capacidade do Eu em coincidência com a intencionalidade do Em Si ôntico.”

Trecho com as novidades metodológicas da ciência ontopsicológica extraído do texto O que é a Ontopsicologia, publicado na obra Pedagogia ontopsicológica. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2005. p.17-20

Fonte: Blog Ontopsicologia.

terça-feira, 30 de março de 2010

O cinema é um "sonho coletivo", um espelho da vida

Cinelogia é o movimento da imagem que plasma o sujeito. É um instrumento de intervenção da ciência ontopsicológica que analisa o comportamento, as lógicas e as dinâmicas emotivas que se ativam diante da projeção de um filme.

O cinema é arte, imagem, fotografia, design, emoção, pedagogia, esquizofrenia, fantasia, sonho. Cinema é sobretudo o inconsciente, ou seja, a produção daquele grande mundo psíquico que foge ao controle racional do homem.

Quando um diretor é bom, é um preciso expositor do inconsciente coletivo; daquele mundo que não está sob o controle racional do sujeito. Um filme qualificado para a cinelogia é aquele que melhor expõe essa tremenda realidade humana com arte, emoção, fantasia.

O cinema é um fenômeno universal, coletivo, de massa. Sucessor contemporâneo das grandes tragédias gregas, gera fascínio e agrada principalmente aos jovens. É um “sonho coletivo”, um espelho da vida. Um grande filme tem sempre a presença do Em Si ôntico, passagens de campos semânticos e também a marca do monitor de deflexão.

Durante o processo de cinelogia, é importante colher o que nos “pegou”, pois tudo aquilo que toca, apaixona, produz emoção, (ou seja, ação em mim), quer dizer que identifica algum aspecto de si mesmo.

Não se trata de analisar o filme em si, mas sim o vivido por cada espectador a partir da projeção da película. Quando nós assistimos a um filme, somos nós que, ao vê-lo, identificamos nossas emoções àquela passagem cinética de imagens, mas a imagem que está na tela tem absoluta indiferença para com os espectadores. Cada indivíduo, pela estrutura psíquica única que tem, assiste a um filme (atribui uma interpretação), e é esse que deve ser analisado.

Um indivíduo pode entender tantos aspectos de si mesmo, de sua personalidade, de seu comportamento a partir de uma inteligente e bem conduzida Cinelogia. É importante perguntar-se qual o valor, qual o resultado que aquela emoção traz a quem a vive, pois a própria história individual de cada sujeito é determinada exatamente como ele mesmo pensa e escolhe.


Para aprofundamentos sobre o argumento, indica-se o livro de Antonio Meneghetti Cinelogia ontopsicologica. 6.ed. Roma: Psicologica Ed., 2007. e Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2004. pp.377-385.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Psicologica Editrice lança novos livros sobre Arte, Sonho e Sociedade

A editora italiana Psicologica Editrice lançou no continente europeu duas novas publicações: Arte, Sogno e Società (Arte, Sonho e Sociedade) de Antonio Meneghetti, e Appendice su Arte e Società (Apêndice sobre Arte e Sociedade), de Margherita Carotenuto e Marcello Bruognolo.

Leia abaixo as apresentação dos livros:



“Antonio Meneghetti é o autor lido e usado por muitos, sem jamais ser citado.

Não obstante os exageros da cultura midiática e fílmica (de todo modo sempre um espelho da volição de massa) que timbra o humano à busca do vampiro, do robô, do anticristo, do inimigo a matar, o Autor celebra a tensão histórica do homem, como evento resolutivo das contradições. As suas inovações são iluminantes para novas originalidades de racionalidade e pensamento.

Este livro retoma os grandes valores da Idade Média ao Renascimento, e os encarna na psicologia empresarial do nosso tempo. Benedetto de Norcia, Francisco de Assis, Domenico de Guzmán, ainda hoje podem “essenciar” o pragmatismo econômico-político do nosso tempo, e dar garantia a um verdadeiro Humanismo, do qual hoje a globalização necessita ser quer ser função ao humano.

E este “filho do homem” se revela no sonho michelangiolesco, não obstante as carmáticas metamorfoses do inconsciente esquizofrênico que arte e sociologia documentam.

Um livro que açoita de vento as nossas salas fechadas e mofadas.”



“Esse apêndice sobre arte e sociedade, que foi fornecido como propedêutico às conferências realizadas no curso da Summer University of Ontopsychology “Arte, sonho e sociedade” (de 9 a 19 de agosto de 2009, no Vale de Assis, Itália), é uma exposição sintética sobre os diversos significados que vários autores e críticos ofereceram sobre a prospectiva daquilo que é a arte e a sociedade. Esta síntese panorâmica consentirá a introdução com maior competência na novidade do conhecimento ontopsicológico”.

As obras já estão em processo de tradução para vários idiomas. No Brasil, serão em breve publicadas pela Ontopsicologica Editrice.

Maiores informações sobre esses livros e demais publicações da ciência ontopsicológica no site da Psicologica Editrice.

Informações extraídas do site da Associação Brasileira de Ontopsicologia.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

UM CONCEITO SUPERIOR DE SAÚDE E DOS MEIOS PRÁTICOS DE CONSERVÁ-LA


“O título melolística, para um leitor potencial que não conhece o significado do grego (“μελος” = música, melodia e canto, “ολος” = metafísica da harmonia), assim como o conteúdo dessa obra de base, pode parecer não evidente.

Como médico, aceitei com entusiasmo fazer a apresentação da obra do Prof. Antonio Meneghetti, que traz ao leitor um conhecimento superior do conceito de saúde e dos meios práticos de conservá-la.

Segundo a Ontopsicologia, dentro da qual se desenvolve a melolística, a saúde não é apenas a ausência de doença, mas, sobretudo, a aplicação de uma higiene de vida. De acordo com essa escola, a noção e o conceito de saúde estão ligados ao transporte da energia, que deve escorrer livremente no organismo em interação com a energia que vem do ambiente material e humano. Segundo esse conceito, o homem é um conjunto psicossomático, ou seja, uma unidade de ação confrontada ao problema colocado pela adaptação ao real.

O movimento, o canto e a dança dirigem-se ao conjunto dos três níveis do homem total, segundo a definição do neurologista Jakson, e não apenas segundo a educação “intelectualista” que, dirigindo-se exclusiva e prioritariamente ao sistema cerebral, arrisca perder a parte mais verdadeira e a mais imediata da percepção do real e da sua relação com o corpo.

No interior do nosso corpo, a energia depende de diversos campos de forças, os chacras, que regulam a dinâmica dos nossos órgãos e de suas funções. A ajuda trazida pela educação ou pela terapia à livre evolução dessa energia determina mais saúde, um aumento da vitalidade do sujeito e, enfim, a criatividade. A ação educativa ou terapêutica da melolística permite uma luta mais eficaz contra o estresse, as neuroses e as manifestações de violência, os desequilíbrios psíquicos que as nossas sociedades enfrentam.

A melolística, utilizando como suporte o som associado ao movimento, ou seja, a dança, atividade comum ao conjunto das culturas, pode ser o instrumento para harmonizar a sua interação.

A aplicação dessa técnica responde a três funções sociais: 1) curar; 2) evidenciar as potencialidades da pessoa em um contexto socializante; 3) permitir a expressão da espontaneidade e da criatividade (atitudes opostas aos estereótipos e à rigidez mental).

O alcance desses três objetivos passa através de uma práxis funcional que se refere aos efeitos biológicos, psicofisiológicos e psicointelectuais.

A melolística pode ser utilizada com as crianças, os adolescentes, os adultos. É voltada tanto às pessoas consideradas ‘normais’, quanto àquelas com dificuldades psíquicas de desenvolvimento e doenças psicossomáticas.

Do ponto de vista intercultural, a abordagem da melolística pode permitir aos ocidentais, como nós, compreender melhor as práticas orientais como o Zen, o Ioga, a medicina chinesa, o Tai Chi, o tiro com o arco, as artes marciais e outras práticas corporais e mentais”.

Texto do Prof. Dr. Jean Le Boulch* publicado como premissa à obra Manual de Melolística e outras técnicas psicocorpóreas do Prof. Antonio Meneghetti.

* Doutor em Medicina, Prof. de Educação Física, Especialista em Psicomotricidade, Especialista em Reabilitação Funcional e em Cinesioterapia, é conselheiro científico da Escola do Movimento Educativo de Florença e Diretor da Escola de Psicomotricidade Funcional da província de Pávia, Itália.

Para maiores informações sobre o tema, indica-se o texto de Antonio Meneghetti A melolística presente no Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2004. pp.397-405

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O CORPO FALA, E NÃO MENTE

A linguagem do corpo – fisiognômica, cinésica e proxêmica – é a primeira manifestação que se vê em uma pessoa. A cada momento o corpo escreve e fala sobre a realidade do sujeito. Essa comunicação é um dos instrumentos de análise utilizados pela escola ontopsicológica e é compreendida no sentido em que já foi definida e descrita culturalmente: “fisiognômica” refere-se à estrutura físico-corpórea, “cinésica” refere-se ao movimento do corpo e “proxêmica” refere-se à relação.

A linguagem fisiognômica compreende todos os aspectos morfológicos do corpo que foram identificados por autores como William Sheldon e Ernest Kretschmer. Sheldon constatou estreitas relações entre a morfologia e os componentes do temperamento, o que resultou em um elenco de três tipos clássicos denominados cerebrotônicos, viscerotônicos e atléticos. Nos viscerotônicos prevalece a atividade visceral-digestiva e, em linhas gerias, são indivíduos tendencialmente abertos em direção ao ambiente, com aguçado senso prático e que, nas dificuldades, têm necessidade da presença de um outro para auxiliar.

Já nos somatotônicos prevalece a atividade somática e o ótimo desenvolvimento da vitalidade orgânica. É um temperamento mais vigoroso, disposto à ação, à afirmação de si e à conquista ao extremo do risco. Neles, a atividade introspectiva cede lugar à ação. Os cerebrotônicos, por sua vez, seriam aqueles onde prevalece a atividade cerebral sobre o vigor corpóreo. Disso decorre uma grande sensibilidade, aguçada capacidade introspectiva e desenvolvimento da atenção, mas com precário senso prático.

Além da análise estrutural, a fisiognômica compreende também todas as preferências do indivíduo quanto ao vestuário e aparência em geral. Por exemplo, do modo de vestir-se de um cliente é possível identificar se há temperamento artístico, se há rigidez psíquica, se há atitude de confronto aos padrões convencionais etc. Também a empresa tem a sua fisiognômica, uma projeção da personalidade do líder que a construiu.

A cinésica, de onde deriva também o substantivo “cinema”, é a expressão pelo movimento. A linguagem cinésica implica a comunicação mímica, gestual, os modos de o indivíduo mover o corpo quando fala, quando pensa, quando se emociona. Cada sujeito tem seu conjunto de expressão cinésica: franze a testa, esfrega as mãos, move os ombros; fecha a blusa, balança a perna, enrola o cabelo – movimentos espontâneos que acompanham e comunicam um processo interno de pensamento, emoção, memória, obsessão etc. A cinésica é o movimento autônomo como fenomenologia do sujeito operante. O sujeito pode blefar verbalmente, pode dizer que ama enquanto odeia, mas a emoção que realmente sente será expressa por um cerrar de dentes, por um punho fortemente fechado, por uma perna que balança negativamente.

Com “proxêmica”, entende-se todo o movimento do corpo que um indivíduo faz “em relação a”, ou seja, quando está em interação com uma pessoa, um ambiente. Implica a gestão do espaço, das distâncias ou proximidades que espontaneamente estabelece com as pessoas e com as coisas com as quais divide o ambiente. Quando está só, o indivíduo move o corpo de forma a como se dão seus processos internos. Quando está diante de uma ou mais pessoas, ele moverá o corpo segundo os modos de interação que tem com esse contexto. De um movimento proxêmico é possível muitas vezes compreender o modo de relação ou o profundo afeto que um indivíduo tem em relação a uma outra pessoa, independente do que possa ser sua justificativa verbal sobre o tema. Por exemplo: dois colegas entram no elevador; quem entra primeiro? Quem dá a prioridade a quem? Dessa movimentação proxêmica pode-se entender a dialética de poder entre esses dois indivíduos, aparentemente iguais em hierarquia.

No corpo há um vocabulário imenso, possível de ser usado para compreender o sujeito, sua vida, seus problemas e suas possibilidades. E exatamente por ser expressão espontânea, é sempre informação mais real do quanto o sujeito possa verbalizar.

Para maiores informações sobre a linguagem fisignômica-cinésico-proxêmica segundo a visão ontopsicológica, indicam-se os textos de Antonio Meneghetti A linguagem do corpo: fisignômica, cinésica, proxêmica em Manual de Melolística. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2005. pp. 205-207, e As linguagens de análise do homem contido na obra Imagem e Inconsciente: manual para a interpretação dos sonhos e das imagens. 3.ed. Florianópolis: Ontopsicologica Ed., 2003. pp.22-27.